RECURSOS INUMANOS
Há aqueles que enxergam o lixo
Outros que só se importam com o luxo.
Há os que buscam ajudarem
Outros que só mentem
e exportam seus
espiões.
Sendo estes talvez
Sua única
e melhor solução.
A maldade está no ar.
Ou quem sabe
Morando no último
andar
de em um condomínio
pretensiosamente
Chique. E cheio de
chiliques
Histéricos e pequeno burguês
Como Freud explica
E por vezes se complica
Querem estes a serviço
Do Mal e de sua filha
Maldade
se esconderem
Em seus bunkers
Quase apartamentos
De Lixo
Se esconderem
Da miséria e das favelas
Querendo não vê-las
Ou melhor, esconde lãs
Sem ver ou
Ouvi-las
E sempre se negando
A enxergá-las e muito
Menos
Ajudá-las
Nadinha de nada
E quem sabe até
Pintá-las de verde e amarelo
Dourando o podre
E a pobreza
Mas sem nunca
Acabar com elas
Ou melhor
Urbanizá-las.
E erguendo muralhas
Intransponíveis
Assim solucionam
O problema
De todos os dias
Enxergá-las.
E ao ligarem seus
Smart fones ou TVs
Fingem que não existe
o pobre e o miserável
E assim justificam sua
Egoísta e cruel cegueira
Mas elas estão aqui
Para quem quiser crêr
E ou ao menos
Abrir seus olhos e corações
Para apenas
Algo fazer por elas
Pobre e tão imensas favelas
Meu intuito
É gratuito
E quem sabe
Poder ajudar
o pior cego
de todos
Aqueles que em seus
Apartamentos de cobertura
E lá em suas insanas
E egoísticas alturas
Não aceitam
Ou melhor
Querem aceitar
Ou menos
Um pouquinho fazer
E os filhos do egoísmo e da maldade
Através de seus métodos escusos
E aparelhos de escuta e vigia
Ou ainda melhor
Mandando seus
serviçais
E funcionários
Do Departamento
Quase de desumanos
Detratarem o bem
Ao invés de simplesmente
De algo de bom fazer.
João do Gueto
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